5 sinais de que você pode ter uma Miocardite.
As primeiras descrições dessa doença datam do século XIX.
Em 2015 foram diagnosticadas 354.000 mortes relacionadas às doenças que afetam a musculatura cardíaca, entre elas a Miocardite.
A miocardite é uma doença que afeta todas as idades, sendo mais comum entre os jovens.
Estatisticamente afeta mais homens do que mulheres, embora essa diferença seja pequena.
Sintomas da miocardite
Miocardite - tempo de recuperação
A miocardite pode durar horas e até meses.
Se manifesta através de alguns sintomas como:
- Falta de ar;
- Incapacidade física;
- Dor torácica;
- Batida do coração de forma acelerada ou anormal (Arritmias);
- Retenção de fluidos, com inchaço das pernas, tornozelos e pés.
Miocardite é grave
Como consequência poderá haver complicações entre elas:
- Surgimento de arritmias cardíacas;
- Redução da capacidade do coração realizar o bombeamento de sangue;
- Paradas cardíacas.
Causas da miocardite
A infecção viral é geralmente a principal causa da miocardite, porém há outras:
- Infecção bacteriana (miocardite bacteriana);
- As ocasionadas por alguns medicamentos;
- Protozoários ou fungos;
- Consumo exagerado de álcool;
- Doenças auto-imune;
- Consumo de tóxicos como a cocaína por exemplo.
A miocardite ocasionada por vírus
Os vírus são as principais causas da miocardite.
São dezenas de vírus diferentes que já foram identificados como potenciais causadores de miocardite, a miocardite viral, entre eles, podemos citar:
- SARS-CoV-2
- HIV.
- Epstein-Barr virus (vírus da mononucleose).
- Adenovírus que provoca a gastroenterite viral e o resfriado comum
- Influenza (vírus da gripe).
- Citomegalovírus.
- Poliomielite.
- Coxsackie B, responsável por provocar doenças como gastroenterite, herpangina e síndrome mão-pé-boca.
- Hepatite B.
- Hepatite C.
- Sarampo.
- Caxumba.
- Rubéola.
- Varicela (catapora).
- Dengue.
- Febre amarela.
Veja também: 13 sintomas de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) que você deve conhecer.
Miocardite - Diagnóstico
Miocardite exames
Entre os testes realizados para a confirmação da doença, determinando sua severidade, temos:
Eletrocardiograma (ECG)
É um exame simples e não invasivo que avalia a atividade elétrica do coração. Pode indicar alterações no ritmo cardíaco e na condução elétrica do coração, que são comuns em pacientes com miocardite.
Ressonância Magnética Cardíaca (RMC)
É um exame não invasivo que utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para gerar imagens detalhadas do coração. Pode mostrar sinais de inflamação e edema no músculo cardíaco, além de permitir avaliar a função cardíaca e a presença de cicatrizes no coração.
Tomografia Computadorizada (TC)
É um exame de imagem que utiliza raios X para produzir imagens detalhadas do coração. Pode mostrar a presença de edema e inflamação no coração, além de permitir avaliar a função cardíaca.
Ecocardiograma
É um exame de ultrassom que utiliza ondas sonoras para produzir imagens do coração. Pode mostrar sinais de inflamação no músculo cardíaco, além de permitir avaliar a função cardíaca e a presença de efusão pericárdica.
Biópsia Endomiocárdica
É um procedimento invasivo que consiste na retirada de uma pequena amostra de tecido do músculo cardíaco para análise laboratorial. Pode ajudar a identificar a causa da miocardite e avaliar a presença de inflamação no tecido cardíaco.
Cada um desses exames tem suas indicações, limitações e o médico responsável pelo diagnóstico da miocardite pode optar por realizar um ou mais desses exames, dependendo do caso clínico e das características do paciente.
Tratamentos para miocardite
Geralmente por estar vinculada a outras infecções, o tratamento destas infecções é uma das medidas a serem adotadas, logo o tratamento incide sobre a causa da doença, controlando os sintomas e prevenindo possíveis complicações.
Miocardite tem cura
No tratamento estão incluídos medicamentos que visam melhorar a função cardíaca, assim como outros procedimentos para o tratamento da insuficiência cardíaca.
Medicações com a finalidade de controlar o ritmo cardíaco poderão ser adotadas.
Medicamentos anticoagulantes são utilizados no tratamento caso haja formação de coágulo sanguíneo em uma câmara cardíaca.
Ainda poderão ser indicados antibióticos para combater infecções bacterianas, diuréticos para remover o excesso de água do corpo, medicamentos anti-inflamatórios para reduzir o inchaço no coração e de imunoglobulina intravenosa no controle do processo inflamatório.
Nos casos mais graves de miocardite, o tratamento é hospitalar, podendo inclusive ser necessário o implante de marcapasso caso o ritmo cardíaco permaneça anormal.
Em casos de processo inflamatório persistente, danos à musculatura do coração poderão ocorrer, havendo a necessidade de uso prolongado de medicação e em casos extremos até transplante de coração.
Algumas opções de tratamento para miocardite incluem:
Tratamento da causa subjacente
Se a miocardite for causada por uma infecção viral ou bacteriana, pode ser necessário tratar a infecção com medicamentos antivirais ou antibióticos.
Repouso e monitoramento
Em casos leves, o médico pode recomendar repouso e monitoramento da condição para permitir que o coração se recupere naturalmente. Pode ser necessário evitar atividades físicas e emocionais que possam sobrecarregar o coração.
Medicamentos para alívio dos sintomas
Em casos de dor no peito, inchaço nas pernas ou falta de ar, podem ser prescritos medicamentos para aliviar esses sintomas, como analgésicos, diuréticos ou medicamentos para controlar a pressão arterial.
Medicamentos para redução da inflamação
Em casos de miocardite mais graves, o médico pode prescrever medicamentos para reduzir a inflamação no músculo cardíaco, como corticosteroides ou imunossupressores.
Tratamento de suporte
Em casos de insuficiência cardíaca ou arritmias cardíacas, pode ser necessário fornecer tratamento de suporte, como medicamentos para fortalecer o músculo cardíaco, terapia de oxigênio ou tratamento de diálise.
Implante de dispositivo médico
Em casos graves de insuficiência cardíaca ou arritmias cardíacas, pode ser necessário implantar um dispositivo médico, como um desfibrilador cardioversor implantável (DCI) ou um marcapasso.
É importante lembrar que o tratamento da miocardite deve ser individualizado e orientado por um médico especialista em doenças cardíacas.
O acompanhamento regular com um cardiologista também é importante para monitorar a função cardíaca e prevenir complicações a longo prazo.
Cuide do seu coração, caso perceba algum sintoma ou até mesmo na dúvida, procure um cardiologista. Certifique-se que a saúde do seu coração está em dia.