Terapia canina: Benefícios em doenças neurodegenerativas
Doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, afetam milhões de pessoas em todo o mundo, representando um desafio significativo para os sistemas de saúde e para a qualidade de vida dos pacientes.
Estatísticas recentes indicam que cerca de 50 milhões de pessoas sofrem de demência, e esse número deve triplicar até 2050, conforme relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nesse contexto, estudos científicos têm investigado os efeitos positivos da interação com cães na vida dos pacientes com doenças neurodegenerativas.
Pesquisas conduzidas por instituições renomadas têm demonstrado os benefícios significativos que essa interação pode proporcionar, desde a redução do estresse e da ansiedade até a melhoria da cognição e da qualidade de vida.
Cães e saúde: Universidades renomadas apontam benefícios para pacientes neurodegenerativos
Pesquisas conduzidas por instituições renomadas corroboram os benefícios da interação com cães para pacientes com doenças neurodegenerativas, veja alguns desses estudos:
- Um estudo da Universidade de British Columbia concluiu que os donos de cães apresentaram um risco 24% menor de morte por todas as causas, em comparação com não donos.
- Pesquisadores da Universidade de Harvard constataram que os donos de cães apresentaram um risco 31% menor de morte por doenças cardíacas ao longo de 12 anos.
- Uma pesquisa realizada pela Universidade de Uppsala evidenciou que a interação com cães durante 10 semanas resultou em melhorias significativas na função cognitiva e na redução da agitação em pessoas com Alzheimer.
Redução do estresse e ansiedade: Estudos confirmam benefícios da interação com cães em doenças neurodegenerativas
Além disso, evidências complementares destacam:
- A capacidade dos cães de reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, em pacientes com doenças neurodegenerativas.
- O aumento da oxitocina, hormônio associado ao amor e bem-estar, por meio da interação com cães.
- O estímulo à atividade física proporcionado pela companhia dos cães, contribuindo para a saúde global dos seus donos.
Redução do estresse e ansiedade
Os cães são excelentes companheiros para aqueles que sofrem de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, pois oferecem amor e afeto, contribuindo significativamente para a redução do estresse e da ansiedade.
A interação com esses animais pode desencadear a liberação de hormônios como ocitocina e dopamina, fundamentais para promover o bem-estar e a felicidade.
Melhoria da qualidade de vida
Possuir um cão pode elevar consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes com doenças neurodegenerativas, trazendo consigo uma série de benefícios:
Senso de propósito ampliado
Os cuidados e a atenção necessários aos cães podem conferir aos seus donos uma sensação de propósito e responsabilidade, aspectos particularmente significativos para aqueles enfrentando tais enfermidades.
Combate à solidão
Os cães, por sua natureza leal e afetuosa, são capazes de mitigar a solidão, um dos desafios mais enfrentados por pessoas afetadas por doenças neurodegenerativas.
Fortalecimento da autoestima
O amor incondicional oferecido pelos cães pode contribuir para o aumento da autoestima e do autoconhecimento dos seus donos, gerando impactos positivos em sua jornada.
Estímulo físico e mental
Os cães demandam atividades físicas e mentais, o que, por sua vez, incentiva seus donos a se exercitarem mais, algo essencial para a saúde tanto física quanto mental.
Além disso, as brincadeiras com os cães podem aprimorar a coordenação motora, a força e a flexibilidade dos pacientes.
Melhoria da cognição
Pesquisas demonstram que a interação com cães pode estimular a função cognitiva e retardar o declínio mental em indivíduos com doenças neurodegenerativas.
Esses animais são capazes de contribuir para o aprimoramento da memória, da atenção e da concentração.
Auxílio em atividades cotidianas
Cães de assistência podem ser treinados para auxiliar os portadores de doenças neurodegenerativas em diversas tarefas diárias, tais como:
- Recolher objetos caídos no chão;
- Abrir e fechar portas;
- Buscar medicamentos;
- Ativar e desativar luzes.
Considerações importantes
Ao considerar a posse de um cão, é fundamental:
- Escolher uma raça adequada, levando em conta o estilo de vida, o nível de atividade e o ambiente de convívio;
- Providenciar os cuidados necessários, incluindo alimentação adequada, higiene, exercícios físicos e acompanhamento veterinário regular;
- Investir em treinamento para o cão, ensinando-lhe comandos básicos de obediência e promovendo a socialização;
- Buscar orientação profissional, consultando um médico ou especialista em terapia assistida por animais, para garantir que a posse de um cão seja uma escolha adequada.
A posse de um cão pode proporcionar inúmeros benefícios para os portadores de doenças neurodegenerativas, melhorando sua qualidade de vida, tanto física quanto mental, e oferecendo-lhes companhia e afeto.
Contudo, é crucial selecionar o cão apropriado e buscar suporte profissional para estabelecer e manter uma relação saudável e duradoura com o animal.
Os impactos positivos dos cães em doenças neurodegenerativas
Embora os benefícios da posse de cães para portadores de doenças neurodegenerativas sejam evidentes, é necessário continuar investindo em pesquisas nessa área em constante evolução.
Ademais, é importante ressaltar que a escolha e os cuidados com o animal devem ser realizados de forma responsável e consciente, levando em consideração as necessidades específicas do paciente e do próprio cão.
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